TRAJETÓRIA



Adentrei a Universidade Federal da Bahia em 2005, sendo a segunda pessoa depois de minha irmã nas famílias paterna e materna a cursar nível superior em uma Universidade Federal.
O primeiro interesse de compreender o desenvolvimento infantil foi deixando de ser o meu interesse principal, meu real interesse sempre foi pela pesquisa e pelo estudo da velhice muito antes de minha entrada na universidade, pois teve início na convivência com minha avó paterna, embora fosse se formalizando a partir da experiência que tive como uma de suas cuidadoras. Esse interesse foi se confirmando durante o curso de psicologia e reforçado pelas visitas de férias a minha vó paterna.
Foi em 2006 que minha trajetória de pesquisa começou, ainda na graduação, quando participei do Grupo de Pesquisa CONES, que me despertou o interesse pela interdisciplinaridade e pelo paradigma da complexidade para o estudo de fenômenos psicológicos. Em 2007 comecei minha trajetória no estudo da velhice nas disciplinas pesquisa I e II (obrigatórias) e  grafismo (optativa). Sendo que nas duas primeiras disciplinas, meu foco de interesse eram, inicialmente, as famílias e idosas(os) afetados com a Doença de Alzheimer; contudo, esse não foi o tema do meu trabalho.



Durante a graduação não tive outras oportunidades de me aproximar do tema, embora eu tenha sido bolsista de iniciação científica e estagiária em estágio curricular. Assim, essas oportunidades de pesquisa nas disciplinas supracitadas possibilitaram o fortalecimento do meu desejo de seguir pela pós-graduação com o intuito de desenvolver estudo acerca da velhice.
Após graduar em Psicologia, em 2011 iniciei o curso de formação em "História de Vida e Abordagem Clínica" do Núcleo de Psicologia Social da Bahia. No mesmo ano iniciei a especialização em Gestalt-terapia pelo Instituto de Gestalt-terapia da Bahia com a chancela da Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública que foi concluída em 2015 com a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado "Contribuições da Abordagem Gestáltica de Curta-Duração para o Trabalho Psicoterapêutico com Idosos no Sistema Único de Saúde".
Após a formatura, a partir de 2011, participei do grupo de pesquisa CONTRADES (Contextos e Trajetórias de Desenvolvimento), na condição de bolsista de Apoio Técnico (CNPq), onde desenvolvi interesse pela Psicologia Cultural e colaborei com a coleta de dados acerca dos significados de maternidade e paternidade para mães e pais na velhice. Em, 2012, seguindo minha vontade de diálogo interdisciplinar, me inscrevi como aluna especial no Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) para cursar a disciplina Sociologia das Gerações, na qual tive a oportunidade de ampliar meu horizonte acerca do objeto de pesquisa que eu desejava estudar e enfim encontrar um espaço no qual eu me identificava com o modo como a velhice era compreendida e pesquisada.
A partir dessa experiência decidi participar da seleção para ingressar no mestrado. Dessa forma, em 2013 ingressei no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) da Universidade Federal da Bahia onde, finalmente, pude unir meus interesses e desenvolver minha pesquisa com objetivo de compreender os significados de velhice para mulheres idosas na cidade de Salvador. O NEIM desde a seleção, enquanto lia os textos, me possibilitou dar-me conta de que eu me identificava com a perspectiva feminista desde muito cedo sem saber que algumas de minhas ideias já indicassem isso. No início de 2015 defendi a dissertação de mestrado no PPGNEIM, intitulada "Tornar-se "velha": significados de velhice para mulheres idosas na cidade de Salvador-Ba".
Atualmente, eu me dedico a minha pesquisa de doutorado no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal da Bahia que focaliza nos processos de transição durante a velhice em um perspectiva de gênero e do curso de vida. Na condição de adulta jovem, compreendo que a questão do envelhecimento e da velhice é algo de interesse universal, que cabe as todas as idades e gerações, porque afinal todos envelhecemos, contudo, o modo como esse processo se dá ou dará é que varia a depender de diferentes aspectos.